O Serviço Social da Santa Casa Campo Grande atua na instituição há mais de 50 anos, sendo a primeira vez trabalhando de forma mais efetiva em uma situação de pandemia global. E a mais de um ano esse trabalho se intensificou diretamente no acolhimento das famílias de pacientes internados pela COVID-19, sem deixar de atender os que estão aqui por outras patologias (não-COVID), através de ligações por vídeo. No momento, o quadro funcional é composto por 19 assistentes sociais, sendo 1 supervisora e mais duas secretárias auxiliares.

Além de continuar as mediações necessárias, o serviço também passou a contar com o apoio de novas tecnologias no último ano, a viabilização de tablets tem proporcionado de forma virtual o contato entre pacientes mais estáveis que estão nas enfermarias e nas Unidade de Terapia Intensivas (UTIs) sejam da área COVID ou não, e seus familiares, conforme explica a supervisora do serviço social, Emily Moraes.

“A videochamada é um projeto que contribui significante para o paciente e seus familiares manterem a comunicação, seja para informar sobre seu estado de saúde ou até mesmo para diminuir a saudade do ente querido e se sentirem mais próximo uns dos outros. O projeto é feito sob critério e para aqueles que não possuem um aparelho telefônico”, comentou.

Neste 15 de maio, Dia do Assistente Social, é preciso destacar a atuação do serviço na Santa Casa de Campo Grande pois foram 13.771 atendimentos em geral realizados apenas nos quatro primeiros meses de 2021, sendo cerca de cinco mil atendimentos a mais, se comparado com o mesmo período do ano anterior, que somou um total de 9.084 de janeiro a abril. A questão social sempre foi o foco do Serviço Social, que tem o objetivo de mediação entre os usuários e a instituição, visando facilitar o acesso da população aos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, com a pandemia, o serviço teve que se adaptar a esta nova realidade, onde as principais atribuições do Assistente Social neste período tem sido a conscientização dos familiares e acompanhantes dentro do hospital, considerando as novas regras e restrições para acompanhantes e visitantes, bem como o trabalho em conjunto com as demais áreas de apoio. Lícia Maria Navarro é assistente social há 38 anos na Santa Casa, e sabe bem o quanto esse contato entre eles é importante.

“Está sendo um período muito difícil, chegamos a um ponto em que os familiares confiam apenas naquilo que podemos passar, por conta das restrições das visitas presenciais. A angústia de não ver ou conversar com seu ente querido é muito complicado neste momento. Precisamos estar com uma estrutura psicológica bem equilibrada, pois em cada conversa virtual que acompanhamos também sentimos o medo e a segurança dos pacientes em relação a COVID-19, mas só de ter essa proximidade percebemos a melhora da aceitação do tratamento”, destacou.

Para evitar a possibilidade de transmissão do vírus dentro do hospital, por conta das vistas e trocas acompanhantes, a Santa Casa de Campo Grande, por meio do Comitê Interno de Enfrentamento à COVID-19, determinou a suspensão temporária dessas ações. “Essa medida necessária incumbiu às assistentes sociais realizarem um acolhimento mais efetivo, essa atenção transmite mais segurança para o paciente e seus familiares, sendo que são essas profissionais o elo ligação entre ambos. Parabéns a todas”, concluiu.

Por ASCOM Santa casa de Campo Grande - 15/5/2021