Quando se procura um atendimento médico em qualquer instituição, o tempo de espera e o acolhimento neste momento de dor são imprescindíveis. Essas são umas das principais causas de insatisfação e falta de compreensão se não forem bem definidas nos complexos hospitalares. E nesse sentido, para minimizar falhas assistenciais, no mês de março desse ano, a Santa Casa de Campo Grande realizou uma capacitação sobre acolhimento com classificação de risco pelo Protocolo de Manchester.
Ao todo, vinte enfermeiros da instituição participaram do treinamento cujo o objetivo foi atualizar esses profissionais no assunto e para gerar maior eficiência na classificação de risco dos pacientes assistidos pelo hospital que dão entrada no Pronto-socorro. O curso foi ministrado pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), com apoio da Gerência de Enfermagem e Multiprofissional e da Escola de Saúde, gerando ao hospital um aumento de mais de 50% de enfermeiros classificadores de risco.
Para a enfermeira do Prontomed, Aline Garcia Taques, participar do curso sobre o Protocolo Manchester torna o profissional mais especializado, “pois passamos a desenvolver algumas habilidades pessoais, como escuta qualificada, capacidade de trabalho em equipe, raciocínio clínico e agilidade mental para tomada de decisões”, destacou.
A classificação de risco é um processo dinâmico de identificação dos usuários que necessitam de tratamento imediato e de acordo com o seu potencial de risco, agravos a saúde ou grau de sofrimento. Os enfermeiros capacitados classificam os pacientes com maior prioridade e atuam sem quaisquer presunções sobre o diagnóstico médico, uma vez que os atendimentos na Urgência e Emergência, são na sua maioria, orientados pelos sinais e sintomas que o paciente apresenta naquele momento da avaliação.
Vale ressaltar que a instituição já realizou outras vezes a capacitação sobre este importante tema, sendo a primeira para os enfermeiros do Pronto-socorro, e agora oportunizando esse aprimoramento aos demais profissionais das alas de internação que demostraram interesse.
“Os profissionais capacitados poderão atuar como classificadores no Pronto-socorro, além de ampliar a percepção de prioridades e organização de uma das mais importantes portas de entradas do SUS, na rede de urgência e emergência e, compreender as suas responsabilidades desde o acolhimento até a classificação de risco, além de valorizar o profissional de enfermagem”, afirmou a gerente de Enfermagem e Multiprofissional, Aryane Senna.
Para ajudar no entendimento dos critérios indicados no protocolo internacional e que é seguido na Santa Casa de Campo Grande, as cores das pulseiras por classificação são:
Vermelha – Emergência: o paciente corre risco de morte, o atendimento deve ser imediato;
Laranja – Muito urgente: há risco à vida e o atendimento deve ser feito em até 10 minutos;
Amarelo – Urgente: não é emergencial, mas o paciente deve ser examinado em até 60 minutos;
Verde – Pouco urgente: é possível esperar o atendimento por até 120 minutos e, inclusive, ser encaminhado para outros serviços de saúde;
Azul – Não urgente: é um caso simples, em que a espera pode ser de até 240 minutos. Também pode ser encaminhado para outros serviços de saúde.
Por ASCOM Santa Casa de Campo Grande – 26/7/2022