Para a recuperação completa dos pacientes, um fator muito importante é a sua nutrição. A alimentação preparada deve seguir a dieta determinada para cada um, podendo conter algumas restrições alimentares, dependendo de cada enfermidade.
Diante dessa necessidade, a Santa Casa de Campo Grande possui um setor responsável por cuidar da nutrição oral adequada do paciente, que é realizada pela nutrição clínica em parceria com a Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN).
Com 117 funcionários, divididos em nutricionistas, técnicos em nutrição, auxiliares de cozinha, cozinheiros e copeiras, a UAN da instituição executa as modificações solicitadas (alteração de consistência, oferta de alimentos conforme hábito alimentar do paciente ou restrição alimentar) e produz em média quatro mil refeições diárias, cerca de 120 mil refeições por mês, que são oferecidas para pacientes, acompanhantes e colaboradores da Santa Casa.
O processo é realizado da seguinte forma: o paciente primeiramente é avaliado nutricionalmente e a partir desta avaliação, se houver contra-indicação do uso de dieta via oral, seja por patologia ou por redução de ingestão alimentar, a Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) é acionada, fazendo uso de nutrição enteral e/ou parenteral.
O cardápio hospitalar da UAN da Santa Casa tem uma grande variedade de alimentos e oferece refeições nutricionalmente balanceadas, saudáveis e saborosas, que podem ser padronizadas ou modificadas para se adequarem aos hábitos alimentares dos pacientes, para que a dieta não seja radicalmente diferente daquela à qual seu organismo está acostumado. O paciente tem acesso para conversar com a nutricionista, que o visita diariamente, buscando uma melhor aceitação e equilíbrio em sua dieta.
De acordo com a nutricionista Chefe do Serviço de Nutrição da Santa Casa Ângela Corrêa Martins da Conceição, a via oral é o foco da alimentação no hospital, onde 78% dos pacientes realizam suas refeições divididas em café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.
Ainda de acordo com a responsável pelo serviço, hoje a maioria das preparações são realizadas em fornos combinados que otimizam a produção de refeições e permite a cocção de legumes sem imersão em água – sistema que permite a perda mínima de nutrientes, – favorecendo a oferta nutricional adequada, principalmente dos pacientes com dietas especiais.
“Nossa equipe faz de tudo para se adequar aos pacientes. Quando a pessoa fica internada, tudo muda. O paladar fica alterado, o paciente sente dor e ansiedade, além de diversos outros sintomas. É nesse instante que surge a necessidade de um acompanhamento do profissional nutricionista. Quando o paciente que não possui dentição, por exemplo, nos adequamos a ele, oferecendo uma alimentação de consistência pastosa para que consiga alimentar-se, contribuindo assim para evolução da melhora de seu estado clínico”, disse.