Na tarde desta quinta-feira (05), a Santa Casa de Campo Grande realizou um transplante de córnea endotelial, uma técnica relativamente nova, nunca realizada na Santa Casa de Campo Grande. Consiste em um transplante apenas das células endoteliais (última camada da córnea) quando estas estão comprometidas, assim como em casos de ceratopatia bolhosa (descompensação corneana após cirurgia de catarata há 8 meses) que era o caso da paciente operada.
De acordo com a médica oftalmologista responsável pela paciente, Dra. Fabiana Verardo, após a cirurgia de catarata, foi iniciado um tratamento na tentativa de manter a córnea da paciente transparente, mas a mesma não respondeu ao tratamento clínico com colírios, sendo, portanto, necessário o transplante de córnea.
“O transplante neste caso era a única opção, devido a não resposta ao tratamento clínico com colírios. Como a transparência da córnea é fundamental para uma boa acuidade visual, foi optado por transplante das células posteriores da córnea, camada que chamamos de endotélio. As suas células posteriores (endotélio corneano) que fazem a córnea permanecer transparente, portanto nesses casos de descompensação pós-cirurgia de catarata, em que ocorre a falência dessas células, vemos um edema (inchaço) da córnea e, consequentemente, uma piora da acuidade visual nesses pacientes”, explicou a doutora.
As vantagens de um transplante parcial de córnea (endotelial) são o menor tempo de recuperação visual, melhores resultados de acuidade visual que um transplante penetrante convencional (toda espessura da córnea), pós-operatório sem sutura e menor risco de rejeição e complicação deste transplante. “Portanto, sabemos que para esta paciente em questão foi a melhor opção cirúrgica, com menos riscos de complicações pós-operatórias e melhor resultado visual final”, explicou a Dra. Fabiana Verardo, responsável pelo procedimento.
A equipe responsável pelo procedimento na paciente foi a cirurgiã, Dra. Fabiana Orondjian Verardo, o médico auxiliar e fellowship de córnea e segmento anterior, Dr. José Augusto Botelho, a chefe do serviço de oftalmologia, Dra. Cristiane Bernardes e a residente R3, Evelyn Meira.
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