A sinalização, instalada no Pronto Socorro no último sábado (6), segue o Protocolo de Manchester, que é o modelo de classificação de riscos adotado pelo hospital. Pelo protocolo, após uma triagem baseada nos sintomas do paciente, o mesmo recebe uma classificação por um sistema de cores com cada uma correspondendo à gravidade do caso e a recomendação do tempo máximo para o atendimento. O sistema abrange cinco cores partindo dos casos mais graves com a cor vermelha para "emergência", passando pela alaranjada, amarela, verde e azul em uma escala decrescente de gravidade.
Com a instalação de placas informativas do protocolo adotado a ABCG – Santa Casa mantém seus pacientes informados da espera máxima a que será submetido e desmistifica a ideia de que as pessoas seriam atendidas por ordem de chegada. “É possível que uma pessoa chegue no Pronto Socorro e não seja atendida antes de alguém que chegou depois. O que determina a ordem de atendimento é a necessidade e a urgência imposta pela enfermidade”, explicou o médico responsável pelo Pronto Socorro Adulto, Alex Cunha Alonso.
A classificação é feita de forma técnica, e atribui aos casos mais graves a "emergência" com a cor vermelha e atendimento imediato. Aos casos classificados "muito urgentes" a cor alaranjada com um tempo de espera para atendimento recomendado de dez minutos, aos casos classificados como "urgentes" com a cor amarela e tempo de espera para atendimento recomendado de uma hora. Os doentes cujo estado recebe a classificação "pouco urgente" com a cor verde têm o tempo de espera para atendimento recomendado de duas horas e, finalmente os classificados como "não urgente" com a cor azul que têm o tempo de espera para atendimento recomendado de quatro horas.
A cidade britânica de Manchester batiza o protocolo por ter utilizado o mesmo pela primeira vez em 1997. O sistema de classificação se difundiu rapidamente pela Europa, chegando a outras partes do mundo mais tarde. No Brasil sua aceitação é bastante ampla, tendo começado no Estado de Minas Gerais por volta de 2011 e se difundido rapidamente para outros estados. A classificação de risco deve ser feita por um profissional de nível superior, normalmente um enfermeiro(a) com boa capacidade de comunicação, agilidade, ética e bom conhecimento clínico.