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Residência em medicina de emergência é fortalecida com o atendimento de casos graves

Cotidiano

Residência em medicina de emergência é fortalecida com o atendimento de casos graves

Santa Casa atendeu 31.604 pacientes no Pronto-socorro no primeiro semestre de 2020 Publicado em 20/08/2020

Vista como uma especialidade “bebê” na medicina brasileira, mas não menos importante que as demais, a Medicina de Emergência tem crescido a cada dia na Santa Casa de Campo Grande, principalmente neste momento de pandemia no país e, especialmente, pelo hospital estar como retaguarda para os demais atendimentos à pacientes graves não contaminados pela Sars-Cov-2 vindos da capital e do interior do Estado.

 

Como maior hospital da região centro-oeste e com o maior número de emergências entre os demais hospitais do Estado, somaram-se apenas neste primeiro semestre de 2020 o total de 31.604 pacientes que passaram pela Urgência e Emergência no Pronto-socorro do Sistema Único de Saúde (SUS) e da linha privada. E, por possuir um histórico de residências médicas bem-sucedidas, contribuindo na especialização de profissionais com a mais alta referência, essa nova especialidade não poderia ficar isolada do processo de mudança pelo qual passa a saúde brasileira.

 

Por isso, em 2017, a Santa Casa buscou o credenciamento para apresentar o projeto da residência médica de Medicina de Emergência, sendo aprovada em 2018 pelo Ministério da Educação (MEC) e Conselho Nacional de Residência Médica (CNRM). Com a primeira turma iniciada em 2019, hoje os residentes ficam sob a supervisão de médicos emergencistas experientes e estão sendo desafiados a contribuírem diretamente na assistência aos pacientes que dão entrada com as mais diversas patologias, onde se destacam as ocorrências de politraumatizados, além dos atendimentos em que o hospital é referência, como nos casos da cirurgia geral, cardiologia clínica e cirúrgica, neurocirurgia, entre outros.

 

Nesse momento em que o cenário é de grandes incertezas por conta da evolução do novo coronavírus (COVID-19), a residente do primeiro ano em Medicina de Emergência, Drª Laura Beatriz Debesa Torres, destaca uma mudança no perfil do atendimento aos pacientes. Antes, alguns protocolos eram mais comuns nos casos de traumas, por exemplo, mas, atualmente, outras condições clínicas e cirúrgicas também são uma realidade da Medicina de Emergência durante os plantões.

 

“Dentro e fora do nosso contexto, o diferencial está nos diversos perfis de patologias, mas o objetivo da especialidade sempre foi o atendimento rápido e preciso nas primeiras horas de gravidade. É isso que define a vida dos pacientes aqui dentro do hospital, pois com isso, as chances de eles não evoluírem com sequelas é maior. Então, o que tem mudado nos últimos meses é o foco em cada caso. Nesse momento precisamos ficar ainda mais atentos aos diagnósticos, servindo como um alerta para nos especializarmos mais”, comentou Drª Laura.

 

Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no Campus de Sinop, Drª Laura afirma que se sente ainda mais desafiada pelo fato de ser recém-formada e pelo momento de inconstância nas ocorrências, mas que encontra segurança e conforto com o apoio que tem recebido dos colegas de anos à frente e, também, dos profissionais que os supervisionam, como no caso do médico emergencista Dr. Rodrigo Quadros que também é coordenador da residência em Medicina de Emergência da Santa Casa.

 

“Temos aqui grandes referências na medicina emergencial e isso é muito gratificante pelo fato e oportunidade de recorrer a eles nas situações cotidianas que são as mais diversas possíveis. E, poder me especializar aqui, tem sido uma oportunidade muito boa. Hoje temos tido mais experiência prática que agregam mais conhecimento. E, agora, com a pandemia, temos ainda mais cuidado para não colocarmos em risco os familiares que moram conosco, pois pacientes assintomáticos acabam chegando e tem sido a hora de fortalecer os protocolos de biossegurança. Então, os desafios são tanto profissionais como pessoais”, destacou a residente.  

 

Na prática da Medicina de Emergência, os profissionais são a resposta rápida para a melhora de pacientes que enfrentam desde uma agonia respiratória, uma angústia de uma arritmia ou mesmo de uma dor intensa. É nesse tipo de atendimento que eles também desenvolvem habilidades de liderança em gestão para o domínio nos casos mais graves que demandam à Santa Casa onde é preciso ter resiliência, criatividade, organização, comando, dentre outras atitudes únicas que podem fazer com que sejam pessoas e profissionais melhores.

 

Medicina de Emergência

 

É uma especialidade médica reconhecida e aplicada em muitos países, há muitos anos. Nos Estado Unidos da América (EUA) por exemplo, há mais de 40 anos. No Brasil, foi reconhecida pelas principais instituições regulamentadoras como o Conselho Federal de Medicina (CFM) que reconheceu em abril de 2013, a Associação Médica Brasileira (AMB) reconhecendo em setembro de 2015, e o Conselho Nacional de Residências Médicas (CNRM), em janeiro de 2016. O Ministério da Educação (MEC), a partir disso, começou a avaliar e credenciar residências médicas da especialidade pelo Brasil.

 

“Estamos aqui para fazer a diferença entre a vida e a morte de alguém de forma positiva. E, com isso, não há recompensa maior na vida. Mesmo no anonimato, como na maioria das vezes, sem ter nunca a gloria de um herói. A Medicina de Emergência cobra, mas ela também retribui e de forma espetacular. Eu hoje sou um amigo, um pai, um esposo e um cidadão muito melhor depois de ter me encontrado nesta especialidade”, finalizou o médico emergencista, Dr. Rodrigo Quadros.

 

 

Por Ascom Santa Casa de Campo Grande - 20/8/2020

 

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