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Prematura extrema, Luana recebe alta em aleitamento exclusivo da mãe

Cotidiano

Prematura extrema, Luana recebe alta em aleitamento exclusivo da mãe

Luana nasceu com 28 semanas e ficou por 77 dias internada na Santa Casa. Publicado em 29/08/2018

Hoje foi uma manhã de muita alegria e emoção na Ucinca (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru) da Santa Casa de Campo Grande. A pequena, Luana Quintanilha Silva, recebeu alta hospitalar após 77 dias internada, lutando pela vida. Ela nasceu de prematuridade extrema, venceu todas as batalhas e foi para casa com sua mãe, Rúbia Carla, seu pai, João Pedro Batista e sua irmãzinha, Laura, de cinco anos.

 

Luana nasceu com 28 semanas após a mãe, Rúbia Carla Mendes Quintanilha da Silva, 41 anos, ter pressão alta na gestação e ter que interromper a gravidez. A pequena nasceu pesando 700 gramas e, em dias, teve o peso reduzido a 570 gramas. Mesmo com o baixo peso, a guerreira ficou apenas cinco dias intubada e precisou de um único ciclo de antibióticos por 10 dias.

 

A neonatologista, Dra. Claudia Perez, também contou que Luana deixou o oxigênio no dia 14 de agosto, completando 15 dias sem o auxílio da respiração artificial. “Isso é uma vitória. Um prematuro extremo igual a Luana ficar apenas cinco dias intubada e usar um ciclo de antibióticos, é um caso raro. Isso prova que conseguimos fazer aqui fora, o papel que estaria sendo feito pelo útero da mãe. Fizemos ela crescer, ganhar peso, ensinamos ela sugar o leite e também ensinamos à mãe a produzir o leite como se a Luana estivesse nascendo agora. Isso é muito legal”, disse a Dra. Claudia Perez.

 

A médica aproveitou a oportunidade para elogiar a mãe que, desde o início, escutou as orientações para ordenhar, já que a bebê não sugava e ela não podia correr o risco de perder o leite materno e ter que dar fórmula para sua filha futuramente. “Essa bebê só recebeu leite humano. Nunca recebeu fórmula. A mãe seguiu corretamente as orientações, foi ordenhando para não deixar que seu leite secasse e sua filha conseguiu sugar o leite materno pela primeira vez após dois meses de nascida. Isso só foi possível pelo esforço da mãe e de toda equipe multiprofissional que a ajudou em todos os processos. Hoje ela vai embora e deixa cinco litros de leite para o nosso Banco de Leite Humano que ela produziu durante este tempo odo e com sua filha mamando no peito sem precisar de nenhum tipo de fórmula”, falou agradecida a doutora.

 

Emocionada, Rúbia relembra o tempo de internação e luta com sua filha. “Foi um período muito difícil. Ficamos um mês e meio na UTI Neonatal e lá foi o período mais difícil. Não sabíamos ao certo o que poderia acontecer com ela. Se ela resistiria ou não. Ver ela intubada, fazendo exames diariamente foi tudo muito doloroso. Mas, graças a Deus ela foi um milagre e não tenho palavras para agradecer toda equipe da Santa Casa que nos atendeu e nos acolheu da melhor maneira possível”.

 

Questionada sobre qual o sentimento minutos antes da alta, Rúbia diz ser de vitória. “Eu não sei descrever ao certo meu sentimento hoje, mas é de vitória por ela ter conseguido superar todas as batalhas e conseguir ir para casa junto do pai e da irmã. Estou muito feliz. Agora, é só alegria. Chega de sofrimento”.

 

Fechando o mês em que é lembrada a importância da doação de leite humano, Dra. Claudia agradeceu a atitude da mãe em doar cinco litros leite para os outros prematuros internados no hospital. “Estamos fechando a campanha “Agosto Dourado” com esta doação que será muito importante para os outros bebês que estão enfrentando a batalha que a Luana venceu. Agradecemos muito esta atitude da Rúbia”.

 

Rúbia agradeceu à doutora e afirmou que pretende continuar doando e ajudando outros bebês e outras mães, assim como a ajudaram. “Se minha filha se alimentou de leite humano no começo foi porque alguém doou. Eu sou muito grata em poder ter retribuído a ajuda com doação de leite humano para outras crianças e quero continuar doando e ajudando outras famílias a superarem essa fase tão difícil”.

 

Luana recebeu alta com 1,875 kg e todos os exames normais. Agora, terá retornos ambulatoriais até chegar aos 2,5kg. No tempo de internação, a pequena contou com os cuidados de toda equipe multiprofissional da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, Ucinco (Unidade de Cuidados Neonatal Convencional) e Ucinca (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru).

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