A vida da jovem, Rayssa Santos da Silva, 18 anos, moradora de Corumbá começou a mudar há pouco mais de um ano quando ela buscou auxílio médico por estar se sentindo mal. De princípio o caso era tratado como uma infecção, na internação, ela descobriu uma forte anemia e ainda em busca do diagnóstico da doença foi informada que havia um comprometimento renal sério e em caráter terminal, que atingiu os dois rins. Ela foi a 13° transplantada do ano na Santa Casa de Campo Grande e a segunda com doador vivo. O procedimento foi realizado na última terça-feira (13).
Logo após o conhecimento da gravidade do caso, o dia 22 de junho de 2018 passou a ser lembrado com muita tristeza pela mãe da paciente, Roseli Gongora dos Santos, pois sabia que a partir dali o que iria trazer a “vida” de sua filha de volta seria um transplante renal. “Eu não me esqueço desta data, pois foi aí que iniciou a nossa luta. Foi um ano e um mês de hemodiálise, restrita de tudo, eram três vezes por semana sofrendo junto com ela e eu cheguei a pensar que minha filha poderia morrer naquela máquina”, lembra Roseli.
A família buscou várias possibilidades para tentar resolver o mais rápido possível a situação, chegando até o Estado de São Paulo, porém, sem nenhum retorno positivo sobre o processo de transplantes. Na volta, Rayssa precisou fazer uma sessão de hemodiálise em Campo Grande foi quando apareceu uma nova oportunidade. “Na Capital eu conheci a doutora Rafaella que me deu muitas orientações. Várias pessoas tentaram fazer os exames de compatibilidade, mas a tipagem sanguínea influenciou na decisão. Minha mãe comentou com minha tia sobre a situação e ela disse que meu primo se comprometeu em doar. Nós temos o mesmo tipo sanguíneo e foi aí que ele apareceu em nossas vidas”, comentou paciente.
Wevertho Gongora Pereira, 33 anos, ficou sabendo através da mãe sobre a situação da prima. Desde o início se propôs a ajudar para tentar diminuir o sofrimento da jovem. Sua participação na histórico não foi apenas em doar o órgão necessitado, mas, também, em trazer força e esperança a todos. “Quando nos encontramos ele me disse que faria os exames e me garantiu que daria certo e que doaria o rim. Aquela foi a melhor notícia que poderia receber. Fiquei preocupada, pois ele tinha sua vida, mas mesmo assim ele fez todos os exames. Foram seis meses até que o resultado saiu, ele era compatível”, relata Roseli.
“Minha vida mudou depois da confirmação da possibilidade de doação, mudei hábitos que hoje me fazem bem, mas o que me deixa melhor é saber que hoje a Rayssa poderá retomar sua vida que ainda só está começando”, afirmou Wevertho. A mãe da jovem também deixou seu agradecimento à equipe e ao doador. “Agradeço de coração a equipe que nos acolheram desde o princípio. Agradeço, também, ao meu sobrinho, pois hoje nós temos a oportunidade de viver com uma qualidade de vida. Aproveito para incentivar todos a doarem órgãos, mesmo que seja um momento difícil, mas existem muitas pessoas que precisam”, finalizou Roseli.
A equipe responsável pelo procedimento cirúrgico de Rayssa e Wevertho foram os médicos urologistas Dr. Adriano Lyrio e Celso Prudêncio, o médico nefrologista, Dr. Rodrigo Grilo na parte clínica, além de toda a equipe assistencial do centro cirúrgico.
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