Com o tema “A existência de uma Plica Natural na base anatômica da antélice e sua importância cirúrgica para tratamento das orelhas protrusas: Um estudo anatomocirúrgico”, o trabalho foi realizado pelos médicos da Santa Casa, Dr. Miguel Marques, Dr. Daniel Marques e Dr. Gustavo Marques e foi publicado no mais importante veiculo de estudos científicos da cirurgia plástica, o Aesthetic Plastic Surgery.
O trabalho é fruto de um estudo de 13 anos sobre “pavilhão auricular in vivo in vitro” pouco realizado nesse segmento em todo o mundo, sendo embasado em literaturas pertinentes ao assunto que abrangem os mais de cem anos da Otoplastia (correção de orelhas de abano). Devido ao cuidado em falar sobre o assunto, o estudo envolveu os laboratórios de anatomia da universidade Federal de Mato Grosso Sul (UFMS) e da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro.
Por conta da magnitude e investimento na produção do trabalho, ele obteve o aval da maior autoridade mundial em Otoplastia Estética, o professor escocês, Dr. John Clark Mustardé, conhecido pela “técnica mustardé” que se tornou sinônimo de cirurgia estética da orelha. De forma particular, o estudo se resume na descoberta de um ponto de reparo da orelha para as deformidades mais frequente das mesmas, mas conhecidas como “Orelhas protrusas ou Orelhas em abano”.
Para enriquecer a pesquisa, os autores fizeram um contato em 2004 com o Dr. Mustardé na Escócia, pois de todas as técnicas de otoplastias conhecidas, foi exatamente a dele publicada pela primeira vez no renomado British Journal of Plastic Surgery em 1963 e sendo ela a que mais se aproximou dos achados deste estudo. Durante este período o médico que iniciou o projeto, Dr. Miguel Marques, ainda praticava cirurgia plástica no Rio de Janeiro, quando conheceu o Prof. Mustardé e o colega Dr. Eloy Pereira em uma aula organizada pelos Oculistas Associados na sede da Cruz Vermelha no centro antigo do Rio de Janeiro.
Ao chegar a Campo Grande em 1979, Dr. Miguel Marques, empreendeu na realização da reconstrução total da orelha esquerda de um marceneiro em três tempos, usando um esqueleto de silicone, (Dow Corning, USA) no antigo prédio da Santa Casa, ainda na avenida Mato Grosso. Conforme relato, a cirurgia foi um sucesso, e testemunhada por um médico residente da Cirurgia Geral nos anos 90, que procurou conhecer o Dr. Miguel Marques no centro cirúrgico do novo prédio da Santa Casa para informa-lo que o marceneiro, que era seu cunhado, vivia bem em Dourados com sua orelha de esqueleto de silicone após 18 anos da cirurgia.
O autor do projeto, Dr. Miguel Marques, é médico cirurgião plástico benemérito da Santa Casa, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA), Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (SACP), Sociedade Ibero-Latinoamericana de Cirurgia Plástica e Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética. O primeiro coautor, Dr. Daniel Marques, é especialista em radiologia intervencionista da Santa Casa, membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista Endovascular e Colégio Brasileiro de Cirurgiões. E o segundo coautor, Dr. Gustavo Marques, é médico cirurgião plástico da Santa Casa, membro especialista da SBCP, Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
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