Parte dos pacientes internados nos hospitais sofrem diversos prejuízos na saúde física e mental devido a causa que motivou a internação e alguns também pelo tempo prolongado do tratamento, geralmente usando ventilação mecânica invasiva, sedação, procedimentos cirúrgicos complexos e medicações contínuas. E para evitar o máximo possível de perda das capacidades e força de muscular, além de promover o retorno das funcionalidades dessas pessoas, a equipe de fisioterapeutas das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Campo Grande tem realizado atividades na sacada do hospital.
O trabalho de reabilitação começa ainda dentro da UTI, quando alguns critérios são estabelecidos para iniciar a mobilização segura do paciente. A equipe leva em consideração fatores pessoais de cada um, como reservas cardiovasculares e respiratórias, ou seja, a estabilidade do quadro, que inclui pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio, e os fatores neurológicos, como nível de consciência e de agitação. Vale ressaltar também as condições externas ao paciente, como ambiente seguro, segurança e envolvimento da equipe multiprofissional.
“É comum que esse paciente, quando em longo período de internação, apresente confusão mental, humor depressivo e limitações de força muscular, de mobilidade e de funcionalidade”, explica a supervisora do Serviço da Fisioterapia, Talita Arruda, sobre a necessidade de realizar atividades em ambiente externo e mais lúdico. “É perceptível a melhora do humor dessas pessoas, a redução de episódios de delirium e a maior adesão ao tratamento de reabilitação proposto pela equipe”, complementa.
E nas enfermarias a retirada desses pacientes do leito para evolução da progressão motora e o ganho de funcionalidades continuam como principal objetivo na recuperação, pois ajudam no processo até a alta de forma segura para que logo estejam de volta a sociedade e restabelecendo as suas posições na família e no trabalho.
De acordo com a fisioterapeuta, um empenho semelhante é aplicado dentro das UTIs por todos os profissionais. “Mesmo que o ambiente externo não seja possível, a criatividade e engajamento da equipe da fisioterapia e o entendimento e apoio da equipe multiprofissional, faz com que esse movimento aconteça em todas as unidades de terapia intensiva do hospital”, afirma a supervisora Talita Arruda.
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